domingo, fevereiro 27, 2011

A Morte da Rosa

A morte da Rosa


Ave, rosa da madrugada,
Cheia de cheiro e sabor!
Que te alimentas do néctar
Dos beijos do Beija-Flor.
Bebes do orvalho a gota
Da chuva leve que açoita
E faz teu galho vergar...
A sururina te embala
A selva toda se cala
Para teu sono ninar.

E eis que a mão atrevida
Do amante te alcança o galho;
O golpe certeiro fere
Teu corpo em profundo talho.
Parte correndo o amante
Por entre lírios, errante,
Por sobre a relva a correr.
À amada te entrega aos beijos
Sem entender que o desejo
Da amada te fez morrer!

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